O governo federal fixou nesta tarde, em São Paulo, uma meta de diminuição nas emissões de CO2 do País entre 36,1% e 38,9% até 2020. O número foi decidido nesta tarde, após reunião do primeiro escalão do governo com o presidente Lula. Segundo a Ministra-Chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, a redução é voluntária. "Nosso compromisso é de fixar metas possíveis, inclusive buscando financiamento privado para algumas destas ações", disse Dilma Roussef.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, estimou um índice próximo de 40% na terça-feira para a proposta brasileira a ser levada à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em dezembro, em Copenhague. Presente ao anúncio desta sexta-feira, ele reforçou que a iniciativa não é novidade. "Vamos incrementar o que já existe, o Brasil é vanguarda também no uso do biodiesel", disse.
O Brasil pretende ter um papel de liderança na cúpula mundial sobre mudanças climáticas. Com essa redução, a ideia é pressionar os países ricos a anunciarem suas próprias metas.
A redução nas emissões virá principalmente de ações de melhoria no uso do solo, com 24,7% partindo destas iniciativas. O governo anunciou um compromisso de reduzir em 80% o desmatamento da Amazônia até 2020. Apenas desta ação, até 20,9% das emissões seriam reduzidas. Segundo o Ministério do Meio Ambiente isso representa uma redução de cerca de 580 milhões de toneladas de CO2.
"Isso vem dar um ânimo ao cenário, que estava muito baixo astral. Estava uma coisa de 'se você não fizer eu também não vou fazer'", disse Minc.
A reunião teve ainda o comparecimento dos ministros de Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, e o de Comunicação Social, Franklin Martins, Antônio Patriota, que é interino do Ministério das Relações Exteriores, Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética, e Luiz Pingueli Rosa, coordenador-geral do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.
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